Maior referência no segmento de eventos corporativos de Minas Gerais e um dos maiores e mais importantes do Brasil, o Conexão Empresarial reunirá, entre os dias 11 e 14 de junho, centenas de participantes dos variados setores empresariais, oriundos de diversas áreas de atuação das esferas pública e privada. Em sua sexta edição anual, o evento será realizado no Grande Hotel e Termas de Araxá (Rua Águas do Araxá, s/n, Barreiro, Araxá), empreendimento da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) gerido pelo grupo mineiro Tauá. Ao patrocinar o Conexão Empresarial deste ano, a Codemig contribui para que o encontro seja palco de relevantes discussões e debates capazes de orientar os rumos estratégicos de Minas e do Brasil, além de fomentar a moderna e atuante Indústria Criativa, temática proposta pela Companhia à equipe organizadora.
Durante o encontro, está prevista a realização de palestras, painéis, leilão beneficente, premiações, shows, tratamentos estéticos e torneio esportivo. Nesta edição, participarão do ciclo de debates o governador do Estado de Minas Gerais, Fernando Pimentel; o presidente da Fiemg e do Conselho Deliberativo do Sebrae-MG, Olavo Machado; e o presidente do São Paulo Futebol Clube, Carlos Miguel Aidar. Entre os palestrantes convidados, o economista José Roberto Mendonça de Barros tratará do tema “Cenário e Perspectivas da Economia Brasileira”, e o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais, Miguel Correa, ministrará o assunto “Minas: o melhor para inovar”. Por sua vez, o produtor musical Dudu Braga abordará a temática “É preciso saber viver”.
O Conexão Empresarial Araxá é uma edição especial dos eventos mensais realizados em Belo Horizonte, reunindo empresários e executivos de empresas mineiras e de outros estados do Brasil. O encontro anual é promovido pela VB Comunicação desde 2010, quando ocorreu em Tiradentes. As edições anuais seguintes passaram a ser feitas no Grande Hotel de Araxá, que reúne adequadas condições de hospedagem, logística e lazer. Palestrantes e debatedores dos mais diversos campos de interesse apresentam e analisam cenários da política, da indústria e do comércio, bem como os desafios e perspectivas para o desenvolvimento econômico e social. Além disso, alia business, entretenimento, esportes, gastronomia, música e cultura, favorecendo a aproximação de pessoas, ideias e projetos em ações de relacionamento. Só no último ano, reuniu cerca de 550 participantes.
Considerado importante para que o poder público, a iniciativa privada e a sociedade civil organizada possam, cada vez mais, criar e executar políticas e iniciativas para alavancar o desenvolvimento econômico do Estado e do País, o evento também gera oportunidades de negócio para os executivos. Com seu apoio, a Codemig colabora para reunir formadores de opinião, imprensa especializada, políticos, economistas, empresários e outras importantes lideranças para esse encontro, estruturado para permitir o permanente intercâmbio de conhecimentos e experiências de sucesso nos mais diversos segmentos da economia. Já prestigiaram o evento nomes como a presidente Dilma Rousseff e o governador Fernando Pimentel, além de empresários, prefeitos, ministros e secretários de estado. Outras informações podem ser obtidas no site www.vbcomunicacao.com.br.
Indústria Criativa: moderno setor em expansão
Ao propor que a próxima edição do Conexão Empresarial enfatize a Indústria Criativa em sua abordagem, a Codemig está incentivando o desenvolvimento dessa cadeia produtiva composta pelos ciclos de criação, produção e distribuição de bens e serviços que usam criatividade e capital intelectual como insumos primários. Trata-se de um segmento formado por três grandes categorias: Indústria Criativa propriamente dita, núcleo composto pelas atividades profissionais e/ou econômicas que têm as ideias como insumo principal para geração de valor; Atividades relacionadas, envolvendo profissionais e estabelecimentos que proveem diretamente bens e serviços à Indústria Criativa; e Apoio, que abrange, de forma indireta, suas ofertantes de bens e serviços.
Sob a ótica da produção, 251 mil empresas formavam a Indústria Criativa no Brasil, segundo dados de 2013 apresentados pelo Sistema Firjan. Desde 2004, houve crescimento de 69,1%, quando havia 148 mil empresas. Com base na massa salarial delas, estima-se que a Indústria Criativa brasileira gere um Produto Interno Bruto equivalente a R$126 bilhões — 2,6% do total produzido no Brasil em 2013, frente a 2,1% em 2004. Nesse período, seu PIB avançou 69,8% em termos reais, acima do avanço de 36,4% do PIB brasileiro nos mesmos dez anos.
No quesito mercado de trabalho, a Indústria Criativa é composta por 892,5 mil profissionais formais. Entre 2004 e 2013, houve alta de 90%, acima do avanço de 56% do mercado de trabalho brasileiro nesse período. O mercado de trabalho criativo expandiu-se: a participação da classe criativa no total de trabalhadores formais brasileiros alcançou 1,8% em 2013, ante 1,5% em 2004. Houve crescimento relevante nas quatro grandes áreas criativas: Tecnologia (+102,8%), Consumo (+100%), Mídias (+58%) e Cultura (+43,6%).
Quanto à remuneração, enquanto o rendimento mensal médio do trabalhador brasileiro era de R$2.073 em 2013, o dos profissionais criativos chegou a R$5.422, quase três vezes superior ao patamar nacional. Em uma análise evolutiva, nota-se que houve crescimento real de 25,4%, acompanhando o avanço do rendimento do trabalhador brasileiro nesse período.
As quatro grandes áreas criativas podem ser classificadas em 13 segmentos: Publicidade, Arquitetura, Design e Moda (na área criativa do Consumo); Expressões Culturais, Música, Artes Cênicas e Patrimônio e Artes (na categoria Cultura); Editorial e Audiovisual (Mídias); e P&D, TIC e Biotecnologia (categoria Tecnologia). A do Consumo é a mais numerosa entre as quatro áreas criativas, respondendo por quase a metade dos profissionais criativos no Brasil (47,4% do total, envolvendo 422,9 mil trabalhadores formais). Já a de Cultura é a menor da Indústria Criativa em termos de trabalhadores formais (62,1 mil profissionais, 7% do total). Por sua vez, a área de Mídias engloba 101,4 mil profissionais criativos (11,4% do total dessa Indústria). Finalmente, a categoria de Tecnologia responde por 306,1 mil trabalhadores criativos formais (34,3% do total), destacando-se em termos de remuneração, com salário médio de R$7.848.
Em apenas uma semana, quatro grandes eventos vão movimentar Minas Gerais. De 23 a 28 de setembro, Belo Horizonte confirma sua vocação para o turismo de negócios ao sediar, com apoio do Governo de Minas, a Reunião do Comitê de Cooperação Econômica Brasil-Japão, o Congresso Internacional de Direito Tributário, a Exposição Internacional de Mineração e o concurso Miss Brasil 2013. A realização das atividades vai ao encontro do processo de internacionalização de Minas Gerais que, recentemente, também recebeu a Reunião da Organização Internacional do Café, pela primeira vez realizada fora de Londres, na Inglaterra.
A agenda na cidade começou a ser cumprida na segunda-feira (23), com a 16ª Reunião do Comitê de Cooperação Econômica Brasil – Japão. Realizado pela primeira vez em Minas Gerais, o encontro teve o objetivo de discutir relações econômicas e possibilidades de negócios entre os dois países e debater novos modelos de cooperação em terceiros mercados, como China e África.
Também na segunda-feira (23) foram abertos o 15º Congresso Brasileiro de Mineração e a Exposição internacional de Mineração (Exposibram). A expectativa é de que os eventos reúnam, até esta quinta-feira (26), cerca de 50 mil visitantes, 500 expositores, centenas de empresários, organizações governamentais e privadas, além de pesquisadores, estudantes, as principais mineradoras com atuação global e os grandes fornecedores de produtos e serviços.
Presente à solenidade de abertura, o vice-governador Alberto Pinto Coelho citou a importância do Estado para o setor da mineração. “Minas Gerais tem suas raízes fundadas no extrativismo mineral, remontando sua formação às incursões das bandeiras no século 18 em busca de riquezas em seu território, que culminaram na descoberta do ouro e do diamante. Minas continua a ser a maior exportadora brasileira de minério de ferro, de ferro-ligas, de laminados de ferro e aço”, ressaltou.
Dois dias depois, nesta quarta-feira (25), é a vez de o Estado abrir o 17º Congresso Internacional de Direito Tributário. A intenção do evento é congregar expoentes do direito tributário do Brasil e do exterior, proporcionando-lhes condições para o livre debate de ideias. Mais de 50 especialistas de todos os segmentos – academia, judiciário, advocacia pública e privada e ministros dos tribunais superiores, vão participar do evento, que terá como tema “Tributação e Federalismo”.
Para fechar a semana, no próximo sábado (28), Belo Horizonte, vai receber o Miss Brasil 2013, o concurso de beleza mais importante do país. Ao todo, 27 candidatas concorrem ao título, mas apenas uma delas vai conquistar a coroa. Para a edição deste ano, o estilista mineiro Alexandre Dutra foi mais uma vez escolhido para confeccionar os vestidos de gala, que foram inspirados nas riquezas de Minas: ouro, minério e Barroco.
Fonte: Agência Minas, 23/9/2013
A tradicional e celebrada culinária mineira está ganhando agora mais sabor de desenvolvimento. Com dinamismo e visão estratégica, a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) lança sua nova frente de ação com o importante fomento à Indústria Criativa no Estado. Já nesta semana, a empresa e a Secretaria de Estado de Turismo estão levando produtores mineiros para a capital cearense, Fortaleza, onde ocorre o Projeto Fartura, realizado pelo Festival Cultura e Gastronomia Tiradentes. A iniciativa busca promover e desenvolver a gastronomia nacional, ao reunir e integrar produtos, produtores, chefs, indústria, mercados e apreciadores da boa cozinha. O evento começa nesta sexta-feira, 19/6, e vai até domingo, 21/6, no Shopping Iguatemi, em Fortaleza.
Para esse encontro, a Codemig está viabilizando a participação de cinco empreendimentos mineiros: Cachaça Dona Beja (Araxá), Café das Amoras (Nepomuceno), Doces da Christy (Ponte Nova), Doces Joaninha (Araxá) e Unique Cafés (Carmo de Minas). Segundo a diretora de Fomento à Indústria Criativa da Codemig, Fernanda Medeiros Azevedo Machado, o evento também será uma oportunidade para ampliação da rede de contatos, prospecção de novos clientes e geração de negócios com redes de supermercados locais, bares, restaurantes e até mesmo o setor hoteleiro do Estado do Ceará.
Para além dos restaurantes e das mesas dos grandes chefs, a cadeia produtiva da gastronomia envolve também matérias-primas, pequenos produtores, indústrias, redes de distribuição e comércio. Somando-se todos esses setores, tem-se a expressiva participação de 18% no PIB brasileiro. Alinhada com a Setur, a Codemig passa a contribuir, então, para a promoção da gastronomia como vetor de desenvolvimento econômico de Minas Gerais, além de consolidar a identidade do povo mineiro a partir de suas tradições e aspectos histórico-culturais.
Produtos mineiros em Fortaleza
A Cachaça Dona Beja é um produto oriundo de receita e alambique centenários, com diferencial na tradição, no processo de produção e no segredo de envelhecimento. É considerada hoje a cachaça mais envelhecida do Brasil. Desde 1992, são guardados 5 mil litros de cada produção para um envelhecimento prolongado, a fim de gerar um produto de qualidade.
Por sua vez, o Café das Amoras é cultivado no sul de Minas Gerais, nas montanhas da Serra da Mantiqueira. A Fazenda das Amoras, berço produtivo dos grãos, possui Indicação Geográfica (IG), licenciamento ambiental, reserva legal e áreas de preservação permanente. Pelas boas práticas socioambientais, conquistou as certificações Fair Trade, Certifica Minas e BSCA.
A Doces da Christy produz a goiabada cremosa e em tablete para corte, em diferentes tamanhos, além da mangada (doce de manga ubá) e da bananada, também cremosa e vendida em lata. O diferencial é que o produto é 100% natural, feito apenas com a fruta e o açúcar, num processo todo artesanal.
A produção da Doces Joaninha, pioneira no País, também valoriza a produção artesanal dos doces em compotas de frutas, desde 1970. Ainda hoje, utilizam-se, no mesmo processo, os tachos de cobre estanhados, sem conservantes ou corantes. A variedade de doces em compotas é enorme, além do doce de leite, da ambrosia, das cocadas e a famosa ameixinha de queijo minas artesanal com ovos.
Já a Unique Cafés Especiais oferece aos apreciadores de café um tesouro em produção há mais de um século, cultivado nas montanhas de Carmo de Minas, na Serra da Mantiqueira. Características únicas e raras são encontradas e reconhecidas nos cafés produzidos pela Unique, considerada produtora de um dos mais complexos e melhores cafés do mundo.
Minas Gerais e a gastronomia
Desde 2014, a gastronomia adquire status de Coordenadoria, dentro da estrutura da Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais (Setur). O segmento é tratado como política pública, abrangendo ações articuladas nas áreas econômica, social, turística e cultural. Com isso, sua gestão ganha maior autonomia, agilidade e intensidade, como vetor de desenvolvimento.
Entre as ações da Coordenadoria, inclui-se a proposta de criação da Casa da Gastronomia. O local servirá muito mais do que ponto de divulgação desse bem imaterial mineiro, que é a culinária. Agregará conhecimentos, eventos, demonstrações, receitas da alta gastronomia com os ingredientes e pratos típicos, de raiz, além de difundir a difusão e a troca de experiências da arte e do saber referentes a aromas e sabores.
Além disso, Minas Gerais conta com o site www.gastronomiamg.com.br, que abriga informações sobre gastronomia mineira, receitas, notícias e eventos. Nele há um espaço para cadastro dos empreendimentos de gastronomia, bem como apoio à tradução de cardápios. A Setur-MG também é membro da Frente em Defesa da Gastronomia Mineira, criada em maio do ano passado e composta por instituições públicas e privadas, especialistas, empresários e integrantes da sociedade civil, constituindo uma instância para propor, discutir, incentivar e implementar ações em defesa da gastronomia do Estado.
Outra associação que recebe apoio da Setur é a Associação Mineira de Gastronomia (AMiGa), criada no segundo semestre de 2014. Trata-se de uma entidade multidisciplinar, formada por profissionais, amantes e admiradores da culinária mineira, com a finalidade de fomentar o turismo por meio da gastronomia, além de gerar renda e valorizar a agricultura e o produto local.
O governador Antonio Anastasia visitou, nesta segunda-feira (21), as obras da Sala de Concertos da Estação da Cultura Presidente Itamar Franco, em Belo Horizonte. O prédio abrigará a sede da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, que, desde sua criação, em 2008, já foi aplaudida por mais de 300 mil pessoas. O empreendimento está sendo erguido em um terreno de 14.400 mil metros quadrados, localizado no Barro Preto, região Centro-Sul da capital mineira.
O governador cumprimentou operários, conversou com arquitetos e engenheiros responsáveis pela construção e pôde fiscalizar o andamento das obras, iniciadas em março deste ano. As fundações já foram concluídas e a etapa atual é de levantamento da estrutura metálica e de concreto, construção das alvenarias e instalações hidráulicas e elétricas.
“Fizemos esta visita às obras da Estação de Cultura Presidente Itamar Franco e, em especial, à casa da orquestra que será sede da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. A obra vai em excelente ritmo. Quero cumprimentar à empresa responsável pelas obras, aos empregados e trabalhadores. Esperamos que, no ano que vem, tenhamos aqui um equipamento entregue à cultura não só de Minas, mas de todo o Brasil, de altíssima qualidade, não ficando nada a dever às melhores casas de espetáculo do mundo”, afirmou o governador.
Segundo os responsáveis pelas obras, os desafios desse empreendimento são únicos, devido ao cuidado especial em relação à acústica da sala. Todas as etapas são cuidadosamente acompanhadas por especialistas, já que qualquer desvio em inclinações ou isolamentos inadequados podem interferir na propagação do som em um concerto sinfônico. Com previsão de conclusão em 2014, e investimentos da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), a obra gera cerca de 500 empregos diretos e outros 500 indiretos.
O local será um novo espaço cultural entregue à capital mineira e terá por missão inserir Minas Gerais no cenário internacional de música sinfônica. “Nós vamos entregar a Minas Gerais um equipamento que está tão bem concebido, tão bem planejado e executado que vai permitir a vinda de orquestras internacionais do primeiro time para Belo Horizonte. Já temos o Mineirão realizando grandes shows, estamos realizando as obras necessárias para que Belo Horizonte receba bem a Copa do Mundo. Agora, eu tenho certeza que, com a construção da sede da casa da orquestra, além dos investimentos que temos feito na área cultural, nós teremos um equipamento para atrair mais turistas para a nossa cidade e, mais do que isso, no turismo de negócio, vamos oferecer um atrativo especial para que tenham também uma atividade de lazer do mais alto nível”, destacou Anastasia.
Sala de Concertos
A Sala de Concertos terá espaço para 1.400 lugares e foi projetada para receber tratamento acústico diferenciado, com padrão internacional, e sistema de ajuste sonoro para repertórios distintos. O espaço contará com áreas de público, áreas técnicas e salas de ensaios individuais e coletivas, além de infraestrutura para gravações de áudio e vídeo, iluminação cênica, pontos de apoio para equipes de televisão, segurança e demais instalações dotadas de acessibilidade aos portadores de necessidades especiais.
Serão construídos quatro pavimentos de garagens, levando em conta a inclinação natural do terreno, o que resultará em um amplo estacionamento com cerca de 600 vagas, que atenderá ao público em noites de concertos, um importante diferencial em relação às casas de espetáculos existentes hoje. O projeto inclui uma ampla praça, que harmonizará o prédio com o seu entorno.
A acústica tem sido a principal preocupação e será comparável aos melhores exemplos mundiais. A intimidade entre a Orquestra e o público é um aspecto relevante neste projeto, sendo privilegiados parâmetros sonoros e arquitetônicos como proximidade, envolvimento e clareza. A Sala de Concertos terá um desenho inovador, incorporando terraços que se distribuem ao redor do palco e, ao mesmo tempo, resgata a estrutura básica das tradicionais salas de concertos em forma de “caixa-de-sapatos”.
Na fase de desenvolvimento do projeto foram realizados estudos acústicos incluindo um modelo físico em escala. Na maquete, foram testadas as qualidades sonoras do espaço e sugeridos ajustes que foram incorporados ao projeto. Além dos estudos em modelo, foram realizadas várias simulações em computador ao longo do desenvolvimento do projeto.
Fonte: Agência Minas, 22/10/13
Boas novas para a cultura mineira e notas musicais vibrantes ecoaram nesta quarta-feira, 1º/7, na Cidade Administrativa. A Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) e a Secretaria de Estado de Cultura (SEC) lançaram a edição 2015 do Programa Bandas de Minas. O evento, realizado no hall do Edifício Gerais, contou com a apresentação de Bandas Civis de Música do Estado. O secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, e a diretora de Fomento à Indústria Criativa da Codemig, Fernanda Medeiros Azevedo Machado, estiveram entre os porta-vozes do encontro que apresentou novidades, como o anúncio de mais investimentos na ação, o lançamento de dois editais de fomento à cultura, o convite para o Encontro de Bandas e uma nova estratégia para regionalizar a iniciativa no Estado.
Parceira dessa manifestação cultural, a Codemig destina recursos para a aquisição de novos instrumentos musicais. O valor investido pela Companhia na iniciativa saltou de R$600 mil para R$1 milhão nesta edição. O objetivo é preservar, modernizar e manter atualizado o acervo das bandas cobertas pela iniciativa em todas as regiões de Minas Gerais. Para além da doação de equipamentos, a empresa fomenta o desenvolvimento, ao valorizar o potencial de crescimento do Estado e os múltiplos talentos do povo mineiro.
“Temos grandes eventos e acontecimentos neste universo das bandas de música. Elas traduzem o espírito mineiro, nos comovem, vão fundo na alma”, pontuou o secretário de Estado de Cultura. Angelo Oswaldo agradeceu a parceria da Codemig e enalteceu a diretriz do Governo estadual de regionalizar as ações de desenvolvimento. Segundo ele, o programa Bandas de Minas permitirá a seleção de instrumentos que aprimorem as práticas musicais. “Festa sem banda é arroz-doce sem canela”, citou, ao enfatizar, com bom humor, a relevância dos grupos de música na representação da alma comunitária.
A diretora da Codemig ressaltou o caráter inovador do evento e a atuação da empresa em três pilares estratégicos: Indústria de Energia, Mineração e Metalurgia; Indústria de Alta Tecnologia; e Indústria Criativa. “Em nome da Codemig, viemos transmitir uma palavra de otimismo e garantir o apoio da nossa empresa a ações tão importantes como essa”, acentuou. Ela destacou números significativos referentes aos conjuntos musicais: 681 bandas cadastradas na SEC, distribuídas por mais de 500 municípios e congregando cerca de 20 mil músicos. “São também empreendedores, fazendo da música o seu trabalho e contribuindo para a economia”, assinalou.
De acordo com o superintendente de Interiorização a Ação Cultural, João Batista Miguel, Minas Gerais abarca cerca de 20% das bandas do País, sendo o estado brasileiro que abriga o maior número dessas corporações. “O Governo de Minas Gerais está em festa. As bandas fazem parte da nossa história, do nosso Estado e da nossa vida”, disse, ao apontar que o Programa Banda de Minas valoriza grupos espalhados por todo o interior. João Batista também realçou o empenho do Governo estadual e da SEC, bem como a “honrosa parceria com a Codemig”. “Queremos reassumir o compromisso de valorizar a regionalização de nossas ações”, concluiu.
Representando os conjuntos mineiros, o maestro da Banda de Música Vitalina Correa, de Cordisburgo, André Geraldo Martins, sintetizou o que constitui uma banda: “É luta, é suor, é colocar uma criança de 7 anos de idade para aprender música”. Para ele, um instrumento a mais significa mais uma criança tocando e se tornando um cidadão. “Graças a Deus, estamos tendo agora o apoio do Governo. Agradeço o carinho que ele está tendo com a gente”, comentou, para finalizar: “Cada banda tem suas características. Onde houver uma banda tocando, parem para escutar e batam palmas. É isso que nos alimenta”.
Ao longo do evento, melodias diversas fascinaram o público, composto por centenas de pessoas, segundo a SEC. A abertura foi envolvente e emocionante, com a apresentação sincronizada das bandas Corporação Musical Nossa Senhora de Lourdes (Vespasiano) e Nossa Senhora do Carmo (Betim), além da Vitalina Correa (Cordisburgo). Os três conjuntos, em perfeita sintonia, revezaram na execução de peças brasileiras e internacionais, como Minas Gerais, Aquarela do Brasil, Sabiá, My Way e A tribute to Elvis. O encerramento da solenidade foi marcado pela execução conjunta das músicas Capitão Caçula e Dois corações. Servidores da Cidade Administrativa também prestigiaram o encontro, realizado na hora do almoço.
Dois novos editais, regionalização e Encontro de Bandas
O lançamento do Bandas de Minas celebrou a abertura de dois editais de fomento ligados ao programa, ambos abertos de 1º de julho a 17 de agosto de 2015, com recursos oriundos da Codemig. O primeiro edital é para a doação de instrumentos musicais de sopro, metal e percussão, em apoio às Bandas Civis de Música do Estado. A finalidade é contribuir com a manutenção e o aperfeiçoamento dos conjuntos musicais. Será distribuído um total de aproximadamente 500 instrumentos, como flauta transversal, clarinete, requinta, sax alto, sax tenor, sax barítono, sax soprano, sax horn, trompete, trompa, trombone de vara, trombone de pisto, bombardino, bombardão, sousafone, par de pratos, caixa de guerra, bumbo e surdo. Cada banda contemplada receberá um certificado de participação no programa e deverá realizar pelo menos duas apresentações gratuitas em escolas públicas estaduais, em formato de concerto didático.
Podem participar do edital grupos sob a forma de instituição pública ou privada sem fins lucrativos, que se encontrem em efetivo funcionamento há pelo menos seis meses, comprovados pelo cadastro na Receita Federal (CNPJ), e que possuam Diretoria, Estatuto e/ou Regimento Interno, registrados em Cartório e devidamente cadastradas na Secretaria de Estado de Cultura. Não poderão se inscrever bandas marciais ou militares e de instituições de segurança pública ou religiosas, nem fanfarras, bandas escolares, grupos de pífanos e rock.
O julgamento dos projetos será realizado por uma Comissão de Análise. Uma novidade entre os critérios de julgamento é a região territorial onde está situada a corporação musical concorrente, a fim de promover e estimular a regionalização da produção cultural e artística mineira e do alcance das políticas públicas culturais. Com isso, objetiva-se contemplar o maior número possível de regiões, dentre os 17 territórios de desenvolvimento estabelecidos pelo Governo estadual.
O segundo edital busca selecionar seis bandas de música que se apresentarão no Encontro de Bandas, que será promovido em Belo Horizonte, no dia 22 de novembro de 2015, das 10h às 12h, integrando a programação do Circuito Cultural Praça da Liberdade. Durante o evento, o Programa Bandas de Minas oferecerá oficinas de qualificação musical, contribuindo para o aprimoramento dos repertórios e do desempenho das bandas mineiras. A proposta do edital é incentivar a integração, o desenvolvimento e o fortalecimento de laços entre as corporações musicais do Estado e entre o público, proporcionando à sociedade evento artístico relevante e representativo da identidade cultural de Minas Gerais.
Os editais completos, com informações sobre inscrição e documentos exigidos, por exemplo, estão disponíveis no site www.programabandasdeminas.mg.gov.br.
As exportações mineiras já acumulam alta de 10,6% no acumulado do ano, entre janeiro e novembro de 2013, em relação ao mesmo período do ano passado, com um total de US$ 30,79 bilhões. Com este resultado, Minas Gerais atingiu uma participação de 13,9% do total exportado pelo Brasil este ano. Os dados preliminares foram divulgados pela Central Exportaminas, órgão da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (SEDE), que realiza mensalmente o Mapeamento das Exportações de Minas Gerais com base nos números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Nos últimos 12 meses, as exportações somaram US$ 33,4 bilhões, redução de 1,8% em relação ao período de dezembro/2011 a novembro/2012. No último mês, as vendas externas atingiram o valor de US$ 2,8 bilhões. Houve aumento de 1,1% no valor total exportado em relação a novembro de 2012.
O minério de ferro continua sendo responsável pelo resultado positivo das exportações estaduais. Foram exportadas 158 bilhões de toneladas, 4,8% a mais sobre igual período do ano anterior. O preço médio aumentou em 7%, alcançando o valor de US$ 93,65 por tonelada. O produto foi responsável por 47,8% do total exportado por Minas Gerais entre janeiro e novembro de 2013.
Embora o preço médio do café tenha apresentado uma redução de 30,6% em relação ao período de janeiro a novembro de 2012, atingindo US$ 2,79 mil por tonelada, o café representou 9,2% do total exportado por Minas Gerais entre janeiro e novembro de 2013, participação menor que a atingida em igual período do ano anterior (11,2%). Os principais destinos foram Alemanha, Estados Unidos e Itália.
Já o ouro, que representou 5% das exportações mineiras nos 11 meses do ano, também apresentou redução de preço. Foram exportadas 36,3 toneladas de ouro, 17,3% a mais do que igual período do ano anterior. O preço médio apresentou queda de 16%, totalizando US$ 42,79 milhões por tonelada. O Reino Unido importou 37,2% do total de ouro exportado por Minas Gerais. Em seguida tem-se a Suíça, com 28,9%.
Fonte: Agência Minas, 4/12/13
Há 30 anos, o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, recebia seu voo inaugural. A construção era mais uma etapa do desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte. O Governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, lembra o sucesso do leilão de concessão do aeroporto no final do ano passado. O Consórcio Aerobrasil – formado pela CCR, companhia controlada pela Andrade Gutierrez e pela Camargo Corrêa, e as operadoras Flughafen Zurich AG, que administra o aeroporto de Zurique, e a Munich Airport – venceu o leilão ao ofertar R$1,82 bilhão, pela exploração, manutenção e ampliação do aeroporto por um período de 30 anos. “O consórcio é formado por grandes empresas brasileiras e internacionais e esses investimentos decorreram muito do esforço do Estado para trazê-los para cá”, ressalta o governador.
Conhecido também como Aeroporto de Confins, o terminal é a âncora de um importante projeto do Governo de Minas: o desenvolvimento do Vetor Norte com a atração de indústrias, bens e serviços. “Estamos investindo quase R$400 milhões na melhoria dos acessos viários ao Aeroporto Internacional. A Fashion City, a cidade da moda, vai permitir investimentos expressivos na região. Pela sua localização no centro do Brasil, pelo tamanho da sua área e sua possibilidade de expansão, o aeroporto será, certamente, um dos mais importantes não só do Brasil, mas da América Latina nos próximos anos”, afirma Anastasia.
O Governo de Minas já identificou também a vocação da região para investimentos de alta tecnologia e de serviços avançados, negócios ligados à chamada “nova economia”. O Vetor Norte se enquadra dentro do conceito de Cidade Aeroportuária, que prevê o desenvolvimento, a partir de um aeroporto, de uma série de empreendimentos. “Uma cidade aeroporto, como nós pretendemos, agrega muito valor aos seus produtos. São empregos muito bem remunerados na área de serviços e de alta tecnologia. Investindo no Vetor Norte e trazendo empresas, como a SIX Semicondutores, na área de tecnologia e informática, demonstramos a potencialidade dessa região para o desenvolvimento do Estado. Estes são investimentos fundamentais para mudarmos o perfil econômico de Minas Gerais”, conclui o governador.
Fonte: Agência Minas, 9/1/2014
A Six Semicondutores, cuja fábrica encontra-se em fase final de construção no município de Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), passará a contar com o grupo argentino Corporación América, que adquiriu os 33,25% das ações da empresa que pertenciam ao Grupo EBX, do empresário Eike Batista.
O anúncio foi feito na última segunda-feira (13/01), no Palácio Tiradentes, pelo governador Antonio Anastasia, e pelo presidente do Grupo, Eduardo Eunerkian. Mais moderna fábrica de semicondutores do Hemisfério Sul, o empreendimento demandará investimentos da ordem de R$ 1 bilhão e foi lançado em novembro de 2012, pelo governador de Minas. Participaram também da reunião o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, e o embaixador argentino no Brasil, Luis Maria Krekler, além do presidente do BDMG, Matheus Cotta, da secretária do Desenvolvimento Econômico, Dorothéa Werneck, e outros representantes do grupo argentino.
“Após as tratativas realizadas nas últimas semanas, a Corporación América vai assumir a participação do Grupo EBX na SIX, um projeto estratégico fundamental, não só para Minas Gerais, mas também para o Brasil, pelo seu perfil econômico e pelo arrojo de seu projeto. Com as circunstâncias que levaram a EBX a ter que deixar o projeto, o BNDES e o BDMG fizeram um trabalho prospectivo, e a Corporación América, que já tem uma identidade muito forte com o segmento, assumiu o projeto. Desse modo, fico muito honrado de estar aqui e de dar as boas vindas de Minas Gerais ao grupo argentino, ao senhor Eduardo, que preside este grande conglomerado econômico. Avançamos, neste momento, com mais este projeto; portanto, é um momento de grande tranquilidade com a continuidade do projeto da SIX, que é muito relevante para Minas e Ribeirão das Neves”, disse o governador Anastasia.
A entrada do grupo Corporación América vai agregar mais valor ao negócio. O grupo já tem projetos similares na Argentina, que utilizam os semicondutores. Nesse sentido, a integração com a produção da SIX em Minas Gerais será importante e estratégica. Trata-se, segundo o presidente da Corporación América, de um grande negócio que colocará processos tecnológicos do Brasil e da Argentina em um novo patamar.
“Estamos almejando uma integração lógica e racional muito interessante e muito feliz que pode concretizar-se graças ao apoio dos participantes, os Governos do Estado e Federal, com a participação do BNDES, além dos demais sócios. Nós teremos um processo de integração que vai nos permitir, como disse o senhor governador, sermos muito mais competitivos a nível mundial. Brasil e Argentina merecem e têm a possibilidade com seus técnicos e profissionais de pensar não somente no presente, mas também no futuro. E esse é um grande projeto de futuro. Muito obrigado ao governador pela atenção que nos mostrou aqui hoje”, afirmou Eduardo Eurnekian.
Com a substituição da EBX pela Corporación América, as demais participações acionárias permanecem inalteradas. A sua unidade industrial permitirá a inserção em um setor de alta tecnologia, com forte demanda nacional e internacional, suprindo a praticamente inexistente oferta de componentes locais. A SIX Semicondutores mantém inalterado seu modelo de negócios, como fabricante de chips para utilização em aplicações industriais, agricultura de precisão, cartões inteligentes, aplicações médicas de ponta e ciências da vida. Seu diferencial competitivo será a criação, o desenvolvimento e a produção de circuitos integrados customizados, operando em nichos e obtendo, consequentemente, margens maiores do que na produção em massa de semicondutores.
A tecnologia que será produzida a partir de Minas Gerais vai beneficiar o Estado não só pela fábrica em si, mas a cadeia produtiva que surgirá em seu entorno e, principalmente, pelos empregos de qualidade que irá gerar, como explica a secretária de Dorothea Werneck, que participou das negociações com os argentinos.
“A questão de emprego é extremamente importante, mas não é número. Não é questão de centenas ou milhares. É questão de padrão de qualidade, e, nesse sentido, acho que Minas, o nosso volume de capital humano, uma vez mais, justificam esse tipo de empreendimento. Lá na Argentina já tem uma unidade em parceria com uma universidade. Nos mesmos moldes, nós vamos também trazer para o desenvolvimento em parceria Argentina-Minas. A gente vai poder dar continuidade a isso”, afirmou a secretária, destacando o papel importante que as universidades mineiras poderão ter no processo.
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, ressaltou o papel importante que a fábrica mineira desempenhará na economia de Brasil e Argentina, já que se trata de um processo de alta tecnologia. “Esse é um projeto que coloca Brasil e Argentina em um estágio, em um patamar mais alto, que lhes permitem ser produtores de semicondutores e, mais do que isso, desenvolvedores de mercado, com tecnologia, porque estamos tratando de chips customizados que atenderão a muitas situações no futuro e em muitos setores das duas economias, além de servir também para exportação”, afirmou.
No início da tarde do último domingo (12/01), o presidente da Corporación América, acompanhado da secretária de Desenvolvimento Econômico de Minas, Dorothea Werneck, de diretores da SIX e de técnicos do Governo do Estado, do BDMG e do BNDES, visitou as obras de instalação da fábrica em Ribeirão das Neves, que estão em processo adiantado e já devem entrar em operação do primeiro semestre de 2015.
De acordo com o grupo argentino, estão sendo providenciados a documentação e ajustes societários necessários para a efetiva transferência das ações do Grupo EBX na SIX Semicondutores para a Corporación América, inclusive a submissão da operação às autoridades competentes, dentre elas o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A conclusão da Operação está sujeita, adicionalmente, ao cumprimento de condições precedentes comuns em operações desta natureza. Tão logo concluída a Operação, será alterada a denominação social da Companhia.
Fonte: Agência Minas, 13/1/2014
O governador Antonio Anastasia inaugurou, em 14/03, em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o primeiro aeroporto industrial do país, que vai permitir às empresas instaladas no local trabalharem em uma zona de suspensão tributária, sob regime de entreposto aduaneiro especial. O Governo de Minas investiu R$17 milhões, por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), para a construção e implementação da infraestrutura do espaço. Durante a solenidade, foi assinado memorando de entendimento entre o Governo de Minas e 17 instituições para o desenvolvimento e consolidação da Cadeia Produtiva de Bioquerosene para a Aviação no Estado de Minas Gerais.
Anastasia destacou a importância dos anúncios realizados para o desenvolvimento não só do Vetor Norte, mas de todo o Estado. “Estamos resgatando compromissos que fizemos em 2010, no início da nossa caminhada. O Vetor Norte como pilar do desenvolvimento, o Aeroporto Industrial como equipamento fundamental para permitir agregação de valor aos produtos, aqui, desenvolvidos, e a inovação com relação aos novos combustíveis como elemento imprescindível para o desenvolvimento tecnológico”, afirmou o governador.
Localizado no sítio do Aeroporto Internacional Tancredo Neves (AITN), a iniciativa para implantação do Aeroporto Industrial surgiu em uma parceria entre o Governo de Minas, a Receita Federal e a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). O Aeroporto Industrial é um recinto alfandegário credenciado para a realização de atividades de industrialização, abrigando empresas não poluentes, voltadas principalmente para a exportação e cuja produção utilize intensivamente o modal aéreo, de modo a assegurar rapidez, agilidade e acessibilidade, tanto aos fornecedores quanto aos consumidores.
Ao lado do vice-governador Alberto Pinto Coelho, Anastasia destacou a importância do Aeroporto Industrial para Minas Gerais. “Em parceria com a Infraero e com o consórcio que venceu a licitação para administrar o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, vamos ter um equipamento que permitirá não só a exportação, mas, especialmente, a atração de empreendimentos de alto valor agregado e tecnológico para o Vetor Norte. A ideia do primeiro Aeroporto Industrial do Brasil, que já vinha sendo acalentada há tantos anos, tem o propósito de trazer para o Vetor Norte, que já vem sendo tão favorecido com investimentos expressivos, empresas que possam gerar empregos de maior qualidade ainda”, disse o governador.
Segundo o subsecretário de Investimentos Estratégicos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Luiz Antônio Athayde, as primeiras empresas que se instalarão no espaço deverão ser anunciadas a partir de agosto. Serão empreendimentos que utilizam alta tecnologia e terão todo o processo de importação, de produção e de reexportação, de colocação no mercado nacional e internacional, como se aqui fosse qualquer lugar do mundo. “Enquanto os produtos tiverem sendo produzidos aqui, não há pagamento de qualquer tributo, seja ele estadual, federal ou municipal. Há uma suspensão tributária, não uma isenção tributária. Vamos ganhar tempo”, destacou Athayde.
O Aeroporto Industrial, já homologado pela Receita Federal, operou, de agosto de 2006 a dezembro de 2007, por meio de um projeto piloto com a empresa Clamper. Possui cerca de 8 mil metros quadrados de área construída, sendo 4.456 mil metros quadrados do entreposto e 3.619 metros quadrados de área de manobra. O espaço é destinado à Receita Federal, ao administrador do Aeroporto Industrial e possui um depósito de insumos na entrada e saída, bem como área de apoio para as empresas que se instalarão no local. O Governo de Minas realizou todo o investimento de infraestrutura em área de 46.000 mil metros quadrados, onde poderão operar nove lotes, que podem ser ocupados por até nove empresas.
O empreendimento será administrado pelo concessionário do AITN e entra em operação a partir de agosto deste ano. As empresas interessadas já podem entrar em contato com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede) e com o consórcio AeroBrasil. De acordo com a Sede, 20 empresas já manifestaram interesse em se instalar no espaço. Para se instalarem no Aeroporto Industrial as empresas devem ser credenciadas pela Receita Federal.
O Regime Especial de Entreposto Aduaneiro na Importação e na Exportação foi regulamentado por instrução normativa da Receita Federal que define as atividades permitidas, bem como os requisitos e procedimentos necessários para a adesão das empresas. Este regime tem como similares no mundo as Zonas de Livre Comércio.
Entre os empreendimentos que poderão operar no Aeroporto Industrial estão os dos segmentos aeroespacial, equipamentos eletrônicos, ciências da vida e tecnologia da informação. Também poderá armazenar máquinas ou equipamentos mecânicos, eletromecânicos, eletrônicos ou de informática, provisões de bordo de aeronaves utilizadas no transporte comercial internacional, partes, peças e outros materiais de reposição, manutenção ou reparo de aeronaves, além de equipamentos e instrumentos de uso aeronáutico.
Fonte: Agência Minas, 14/3/14 (texto adaptado)
Ao perceber o movimento mundial das companhias aéreas, que estabeleceram metas ambiciosas para reduzir a emissão de gases de efeito estufa – entre elas atingir crescimento neutro em carbono até 2020 –, Minas dá os primeiros passos para criar uma cadeia produtiva de bioquerosene para aviação. A alternativa energética, apontada pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) como a principal solução para mitigar as emissões, ganha impulso no estado com a inauguração do primeiro Aeroporto Industrial do país e a assinatura do acordo entre o Governo de Minas e 17 instituições para o desenvolvimento e consolidação da Cadeia Produtiva de Bioquerosene para a Aviação no Estado.
Localizado no sítio do Aeroporto Internacional Tancredo Neves (AITN), o Aeroporto Industrial é um recinto alfandegário credenciado para a realização de atividades de industrialização, abrigando empresas não poluentes, voltadas principalmente para a exportação via aérea. Foram investidos R$ 17 milhões por meio daCompanhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), para a construção e implementação da infraestrutura do espaço.
Segundo a IATA, no mundo, a demanda potencial para o uso de bioquerosene é de cerca de 140 bilhões de litros por ano. De acordo com o memorando de entendimento assinado pelo governador Antonio Anastasia, o objetivo do Estado é transformar Minas na primeira plataforma integrada de produção de bioquerosene do país. A ideia é incentivar toda a cadeia de pesquisa, produção, logística e consumo para combater as alterações climáticas, diversificar a economia mineira e favorecer o desenvolvimento da aerotrópole de Belo Horizonte e a expansão brasileira e mundial da indústria da aviação.
“Certamente, essa será a nova fronteira do desenvolvimento sustentável com reflexos positivos no campo, abrindo novas oportunidades de pesquisa, além de transformar o Aeroporto Internacional Tancredo Neves no primeiro terminal aéreo verde do Brasil”, esclarece o subsecretário de Investimentos Estratégicos, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede), Luiz Antônio Athayde Vasconcelos.
Copa do Mundo será ponto de partida
A intenção é usar a Copa do Mundo de 2014 como ponto de partida do projeto. Com a proximidade dos grandes eventos esportivos, o Brasil vai se tornar o quarto maior mercado de tráfego aéreo doméstico do mundo. Devido à relevância do tema, empresas como Boing, Embraer, GE Turbinas, Gol e Azul Linhas Aéreas, destilarias de etanol, universidades e consultorias, além das secretarias de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, além da Fapemig e Epamig, aderiram à iniciativa.
“Juntamos esforços e competências para fazer com que Minas seja reconhecida, em futuro próximo, como polo produtor e distribuidor mundial de combustível limpo para os jatos. Esta iniciativa vai nos preparar para o desafio de ter uma política de sequestro de carbono com o uso de combustível de aviação renovável a partir de matérias-primas”, explica o subsecretário.
Atualmente, os voos considerados verdes usam cerca de 10% de biocombustível. “A ideia da indústria é ampliar os estudos e ver até onde podemos irem Minas Gerais”, frisa o coordenador do projeto, Bernardo Bahia. Além de ser uma tecnologia ainda em evolução, com sua aplicação sendo testada com cuidado, já que a turbina de uma aeronave não pode falhar, a biomassa ainda é muito cara e é preciso produzi-la em escala para reduzir os custos.
Cadeias de produção podem ser diversas
O projeto do Governo de Minas Gerais busca alavancar a estrutura agrícola para transformar o Estado em grande fornecedor de insumos para produção de bioquerosene por meio da introdução de matérias-primas com potencial bioenergético e de uma cadeia de suprimentos altamente integrada com as vocações regionais. Ou seja, além de usar cadeias já existentes, como da cana-de-açúcar, novas rotas de produção também estão sendo pesquisadas.
Entre elas destacam-se a cadeia extrativista da macaúba (um tipo de palmeira muito comum no país), da macaíba (um tipo de palmeira) e da camelina (uma espécie de arbusto importado). A necessidade de importar a camelina tem um motivo: enquanto seu ciclo é de apenas três meses, a macaúba demora cinco anos para começar a produzir. “A semente da camelina, quando esmagada, gera um óleo. Estamos estudando a plantação dela em várias fazendas da Epamig para ver onde ela pode se adaptar melhor”, conta Bernardo.
O projeto prevê a realização de testes, tratamento tributário diferenciado, programas de capacitação e assistência técnica, desenvolvimento de programas de integração de silvicultura, lavoura e pecuária para incentivar os produtores.
O próximo passo é fomentar o desenvolvimento de uma rede integrada de refinarias, de modo a viabilizar a produção sustentável e eficiente do bioquerosene. A ideia é identificar refinarias e outras instalações já existentes, capazes de executar o esmagamento da biomassa, e viabilizar as mesmas para serem utilizadas como plataformas de apoio para as etapas de produção, pré-refino e exportação do biocombustível.
Primeiro laboratório certificado do país
Para que o bioquerosene tenha autorização para ser comercializado e utilizado nos tanques das aeronaves, ele precisar ser certificado. Atualmente, não existe no Brasil um laboratório que emita este tipo de certificação.
Considerando a necessidade de desenvolver competências e estruturas de laboratórios para a certificação, o Governo de Minas e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) estão em tratativas para criar o primeiro laboratório certificado do país, apropriando-se das capacidades instaladas no Laboratório de Ensaio de Combustíveis (LEC) pertencentes à instituição de ensino superior.