O Portal Exame.com publicou, no dia 13 de fevereiro, a matéria “Planta piloto de Grafeno em Minas Gerais impulsiona desenvolvimento industrial em nanotecnologia”. Clique na imagem a seguir e confira:
A Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) informa que as águas minerais das fontes localizadas no Parque das Águas de Lambari permanecem adequadas para o consumo pela população, de acordo com os resultados da pesquisa geoambiental SIGA Circuito das Águas. Esse estudo foi realizado ao longo de 2018, com duração de 11 meses, e suas conclusões foram apresentadas em evento ocorrido na sede da Codemge em dezembro/2018. A iniciativa permitiu atualizar e aprofundar os conhecimentos técnico-científicos sobre áreas de fontes hidrominerais na Bacia do Rio Verde, abrangendo as estâncias de Caxambu, Cambuquira, Marimbeiro, Conceição do Rio Verde e Lambari.
Em Lambari, a pesquisa verificou que a concentração de nitrato nas fontes do Parque (entre 4 e 5 mg/L) está dentro do limite estabelecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que é de 11,3 mg/L. Isso significa que essas águas seguem com índices de potabilidade adequados.
Cabe pontuar que os valores de nitrato nas fontes LMB01, LMB02, LMB03 e LMB04, que variaram de 4 a 5 mg/L, chamam atenção para um possível uso sanitário inadequado ao redor do parque ou mistura das águas minerais com águas subterrâneas contaminadas por esgoto, o que pode provocar alteração da qualidade das águas. A causa mais provável dos índices apurados de nitrato nessas fontes é a urina, dentre outras possíveis. Portanto, embora as águas do Parque estejam plenamente dentro dos parâmetros sanitários para consumo, é necessário que o poder público e a sociedade zelem constantemente pela preservação do local.
A pesquisa no Circuito das Águas aponta que a comunidade tem papel fundamental na efetividade da educação ambiental para preservação desse bem natural e dos locais de captação das fontes, bem como das áreas dos parques e de seus entornos. Cabe a todos os cidadãos zelar pela qualidade da água que sai das fontes e pelo meio ambiente, evitando contaminação, combatendo a poluição e o uso inadequado das águas, por exemplo.
Segue trecho do livro SIGA Circuito das Águas referente ao Parque das Águas de Lambari – pag. 426:
“Os valores dos parâmetros hidroquímicos foram comparados aos padrões estabelecidos pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) na resolução RDC nº 274/2005. Na Tabela 8.7.5 são apresentados os valores máximos permitidos (VMP) dos elementos analisados neste estudo para águas minerais.
Tabela 8.7.5. Valor Máximo Permitido (VMP) segundo RDC 274/2005. Parâmetros | Unidade | VMP |
Arsênio | mg/L | 0,01 |
Bário | mg/L | 0,7 |
Cádmio | mg/L | 0,003 |
Chumbo | mg/L | 0,01 |
Cobre | mg/L | 1 |
Cromo | mg/L | 0,05 |
Manganês | mg/L | 0,5 |
Nitrato (como N) | mg/L | 11,3 |
Não foram verificados valores superiores ao VMP para nenhum ponto amostrado dentro do parque. Entretanto, os valores de nitrato nas fontes LMB01, LMB02, LMB03 e LMB04 variaram entre 4 e 5 mg/L, o que pode indicar mistura de águas subterrâneas de aquíferos superiores locais (contaminados por esgotos), com as águas minerais, próximo às zonas de captação dessas. Outra possibilidade pode ser o uso sanitário inadequado de área vizinha ao parque, o que pode provocar alteração da qualidade das águas.”
O documento que reúne todos os dados do projeto SIGA está disponível gratuitamente no site da Codemge: www.codemge.com.br/atuacao/mineracao/publicacoes/. Viabilizada mediante contrato com a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), a ação recebeu investimento em torno de R$ 2 milhões. Os resultados trouxeram uma nova compreensão da origem e dos fatores influenciadores das águas minerais na região. Outras informações sobre o estudo estão disponíveis em: www.codemge.com.br/pesquisa-inovadora-revoluciona-entendimento-sobre-origem-e-circulacao-das-aguas-minerais-no-sul-de-minas/.
Dados sobre medidas de vazão de parques e balneários estão publicados no site www.codemge.com.br/transparencia/parques-e-balnearios/.
Melhorias devem ser concluídas no primeiro semestre, com investimento em torno de R$ 1,5 milhão
A Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) está realizando obras de reforma e restauração no Parque das Águas Lysandro Carneiro Guimarães (Parque das Águas de Caxambu). A iniciativa inclui diversas ações de melhoria no espaço, como recuperação de muros, muretas, gradil e alambrado da quadra poliesportiva, além da construção e da reforma de calçadas. Também estão sendo reformados passeios, meio fios e calçada portuguesa. As obras, iniciadas em janeiro, devem ser executadas em cinco meses. O investimento da Codemge totaliza cerca de R$ 1,5 milhão.
A empresa responsável pelas intervenções é a Construtora Sinarco, selecionada por meio do processo licitatório de credenciamento nº 03/2018. O contrato prevê a execução de reparos preventivos e corretivos, adaptação, recuperação e modernização das unidades da Codemge, situadas em Minas Gerais.
Gestora do Parque das Águas de Caxambu desde 1º de outubro de 2017, a Codemge vem promovendo ações diversas como limpeza, manutenção e reformas em geral. Em 2018, investiu R$ 1,4 milhão em várias intervenções, como capina ao redor do lago; aquisição de mobiliário de piscina; limpeza do quiosque do Chico Cascateiro, ao lado do Rinque de Patinação; instalação de placas direcionais e explicativas ao longo do Parque (nova programação visual com aprovação do Iepha); colocação de urna de ouvidoria para dúvidas, reclamações e sugestões; informatização da bilheteria do Parque, inclusive com a possibilidade de compras online.
Foi promovida, ainda, adequação paisagística no Parque, com diagnóstico e supressão de árvores que apresentavam risco de queda, entre abril e julho de 2018, com o investimento de R$ 123 mil. Entre outras ações de manutenção básica e melhoria imediata no empreendimento, realizadas no primeiro ano de gestão da Codemge no Parque, estão: pintura geral (meios fios, passeios e escadas); limpeza diária de fontes e sanitários; revisão da parte elétrica das fontes, com reparo de tomadas e elevação do quadro de força da quadra de tênis; manutenção das calçadas; limpeza geral do gramado e dos jardins; vigilância e segurança contínuas; desobstrução da tubulação de água do gêiser, normalizando o fluxo diário de água; renovação de sinalização dos portões.
A Codemge também realizou, em 2018, intervenção no gêiser localizado no Parque, após parte do piso no entorno haver cedido. O solo na região em que fica localizado o gêiser é formado por material de baixa resistência. O intuito da ação foi verificar, reparar e evitar o agravamento do dano, além de garantir a segurança dos usuários. As obras foram concluídas em outubro/18, com investimento da ordem de R$ 91,7 mil. O gêiser permanece interditado para a realização de estudos técnicos e testes necessários. A Empresa promoveu ainda obras de reforma e revitalização da engarrafadora de Caxambu, iniciadas em julho de 2017 e finalizadas em junho de 2018. O valor investido na iniciativa foi de R$ 1,1 milhão.
Em 2018, a Codemge promoveu também pesquisa geoambiental no Circuito das Águas, para atualizar e aprofundar os conhecimentos técnico-científicos sobre áreas das fontes hidrominerais da Companhia na Bacia do Rio Verde (estâncias de Caxambu, Conceição do Rio Verde, Cambuquira e Lambari). Viabilizada mediante contrato com a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), a ação contou com investimento da Codemge em torno de R$ 2 milhões e, após a conclusão dos estudos, foi apresentada em evento na Companhia no mês passado, em 19/12/18. Outras informações sobre essa pesquisa inovadora que revoluciona o entendimento sobre origem e circulação das águas minerais no Sul de Minas estão disponíveis no site da Codemge.
De janeiro a dezembro de 2018, o Parque recebeu a visita de 118,6 mil usuários, entre turistas e moradores de Caxambu.
Situação precária encontrada em 2017
A Companhia assumiu a gestão do Parque das Águas de Caxambu após 28 anos sob gestão da Prefeitura Municipal (maio/1989 a setembro/2017). A Empresa encontrou o local em situação precária, como foi apresentado, inclusive, em audiência pública na Câmara Municipal de Caxambu em 24/08/18 (apresentação disponível no site da Codemge). O Balneário já estava fechado pela Prefeitura, devido à ausência de manutenção e conservação. A Codemge recebeu o imóvel em estado de completa deterioração.
Diante da negativa por parte da Prefeitura em assinar o termo de entrega e recebimento do Parque, a Codemge ajuizou, em 10/11/17, ação visando à realização de perícia judicial para constatação, de maneira clara e evidente, da situação (processo 0028.312-76/2017.8.13.0155) e dos reparos necessários em face da inexistência de cuidados mínimos com o ativo público – o laudo pericial e complementos estão disponíveis no site da Companhia. A Justiça autorizou a perícia em 12/12/17. Os trabalhos periciais começaram em 12/3/18. A perícia foi concluída e juntada aos autos do processo em 10/10/18. No momento, o caso permanece sub judice.
A operacionalização completa do Parque depende da conclusão do processo. A Empresa reconhece o estado lastimável em que recebeu o empreendimento e está comprometida em restaurar o Parque para o benefício da população de Caxambu.
Reforço na segurança
O Parque das Águas de Caxambu recebeu reforço na segurança oferecida pela Polícia Militar no município, conforme convênio celebrado com a Codemge. A ação preventiva foi alinhada com a Companhia, e o plano de patrulhamento ostensivo no interior do Parque prevê rondas sistemáticas, a fim de combater ações delituosas verificadas com frequência no local. Em novembro de 2018, foi finalizado também o serviço de cercamento e troca das telas do Parque, elevando a proteção e a segurança no local.
Relacionamento com cidadãos
A Codemge manteve a política de acesso ao Parque para os cidadãos de Caxambu, quanto a horário de entrada, valores de ingresso e volume de água disponível. Também foi instalada urna de ouvidoria para dúvidas, reclamações e sugestões dos cidadãos. Além disso, o Parque tem promovido e recebido ações culturais, educativas e turísticas, realizadas pela Codemge ou com seu apoio, como: Dia Mundial da Água (22 e 23/3/18), com visita guiada promovida pela Codemge para centenas de crianças e adolescentes, com distribuição de cartilha disponível no site da Codemge; curso “A Arte de Conduzir Trilhas e Roteiros” (26 a 29/03/18), ação do Senar Minas em que 11 participantes visitaram e avaliaram pontos turísticos como o Parque das Águas e o Morro do Cristo; concessão de entrada gratuita no Parque no aniversário de 117 anos de Caxambu (16/09/18). Entre eventos promovidos por terceiros, estão: Congresso da Anpocs; Encontro Dedo de Prosa da Terceira Idade – Hotel Glória; Mountain Bike e Corrida Noturna de Atletas; 9º Encontro AGMH de Veículos Antigos; FMT 500 Copa de Tênis.
A Codemge realizou também o Workshop “Turismo e Negócios: Parque das Águas de Caxambu”. O evento foi realizado em 04/05/18, no auditório do P7 Criativo, em Belo Horizonte. O objetivo foi discutir propostas sobre o turismo e o uso público do Parque das Águas, estimulando a construção coletiva de soluções para esse importante patrimônio. O trabalho buscou estruturar um plano de atividades para orientar as ações de desenvolvimento da cidade. Participaram do encontro políticos e representantes do setor hoteleiro, do comércio e do Ministério Público, além de lideranças de organizações da sociedade civil.
A Empresa também esteve presente no 2º Fórum Gestão Sustentável do Parque das Águas de Caxambu – Perspectiva Regional e Integrada, realizado no município pela Sociedade Amigos do Parque das Águas (Ampara), em setembro/18. No dia 29/09/18, a Gerência de Mineração da Codemge apresentou a atuação da Companhia na Bacia do Rio Verde, onde Caxambu está inserida. Entre os tópicos abordados, esteve o Plano Diretor da Bacia do Rio Verde, além de mapeamentos geológicos e geofísicos e estudos geoambientais e hidrológicos nas estâncias hidrominerais do Circuito das Águas. O vídeo e a apresentação referentes ao Fórum estão disponíveis no site.
Próximos passos
Com relação ao Parque das Águas, a Codemge está providenciando o sistema CFTV (Circuito Fechado de TV), com câmeras de segurança e monitoramento eletrônico (projeto em elaboração). Todos os andamentos podem ser acompanhados pelo site da Codemge:
www.codemge.com.br/atuacao/comunidades/caxambu;
www.codemge.com.br/transparencia/parques-e-balnearios;
www.codemge.com.br/licitacoes.
Histórico e outros investimentos
Caxambu é reconhecida por suas “águas curativas”, descobertas em 1814, e concentra um dos maiores complexos hidrominerais do mundo. O Parque das Águas Lysandro Carneiro Guimarães foi tombado pelo Iepha em 1998 e teve seu conjunto paisagístico e arquitetônico tombado pela Prefeitura Municipal em 2002. Mesmo durante a gestão da Prefeitura, a Codemge investiu cerca de R$ 7,5 milhões em obras de reforma, restauro e aquisição de móveis e utensílios para o Balneário de Caxambu, de 2007 a 2009. Em 2014, a Empresa investiu R$ 400 mil em pintura. Em 2017, a Companhia destinou R$ 79 mil para levantamentos cadastrais e diagnósticos dos Fontanários e do Coreto (disponíveis no site da Codemge) e outros quase R$ 80 mil para individualização das drenagens dos três poços da Fonte Mayrink até a Fonte Venâncio.
Nesta sexta-feira, 25/1/19, o uso da piscina do Parque das Águas de Caxambu será interrompido, para serviços de manutenção.
A piscina estará novamente disponível ao público no sábado, 26/1.
Maquetes facilitam a orientação e a mobilidade no Tergip e fazem parte do conjunto de medidas em prol da acessibilidade
Com o objetivo de ampliar cada vez mais a acessibilidade de pessoas com deficiência no Terminal Rodoviário Governador Israel Pinheiro (Tergip), a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) disponibiliza ao público quatro mapas táteis arquitetônicos. As maquetes, instaladas na Rodoviária da capital mineira, são representações bidimensionais que servem para informar a planta de localização dos ambientes, o sistema de acesso aos elevadores e escadas e os locais de atendimento, além de sanitários, bilheterias e plataformas de embarque, por exemplo. É a primeira vez que o Terminal oferece esse serviço. A novidade facilita a orientação e a mobilidade de deficientes visuais no local. O investimento da Codemge na ação foi de R$24,8 mil.
O processo de elaboração de projeto, execução e instalação dos mapas táteis durou quatro meses, entre setembro de 2018 e janeiro de 2019. O trabalho foi desenvolvido pela empresa Casa do Braille Sinalização Visual e Tátil Ltda. Foram desenvolvidas quatro maquetes: um mapa tátil urbano, com tamanho aproximado de 1mx1m, abrangendo a edificação do Tergip e o entorno; e três mapas táteis arquitetônicos, nas dimensões 0,6mx1m cada, correspondentes aos três pavimentos da Rodoviária. As quatro peças estão instaladas no hall principal do Tergip desde a última terça-feira, 15/1.
O mapa tátil urbano busca informar ao usuário as ruas e avenidas próximas ao edifício, indicar paradas de ônibus, pontos de táxi e serviços, além de demonstrar a distância entre os lugares escolhidos pelo público. Conta, para isso, com textos na linguagem braille (contendo pontos em alto relevo) e fontes (tipo e formato de letra) adequadas para usuários com baixa visão, a fim de auxiliar na escolha de caminhos para se chegar a um determinado local.
Os mapas táteis disponíveis no Tergip atendem à norma ABNT NBR 9050:2015, considerando itens importantes como diagramação, contraste visual e tátil, legibilidade e disposição dos pontos em liguagem braille. Por norma, as peças devem conter sinalizações visuais (textos, contrastes, símbolos e figuras) e táteis (com informações em relevo como textos, símbolos e braille). Desse modo, os mapas servem a todos os usuários, atendendo pessoas com e sem deficiência visual.
A instalação das maquetes atende também a uma proposta encaminhada pela Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), após visita realizada na Rodoviária em abril do ano passado. O Terminal está localizado na Praça Rio Branco, 100, no Centro de Belo Horizonte.
Acessibilidade na Rodoviária
Os mapas táteis compõem um conjunto de medidas sistemáticas que vêm sendo adotadas pela administração do Tergip, incluindo reformas e adaptações nas dependências físicas, com vistas a melhorias na acessibilidade do espaço como um todo. Entre as ações já efetivadas, estão: reforma dos banheiros; colocação de pisos táteis, bebedouros acessíveis, cadeiras especiais, guarda-corpo no estacionamento e no mezanino (3º piso), corrimão nas escadas que dão acesso às plataformas de embarque e desembarque e na entrada principal; e reativação das esteiras rolantes, que estavam mais de 40 anos sem funcionar.
Além disso, em parceira com o Instituto São Rafael, o Terminal realizou capacitação da equipe que atua na Rodoviária para aperfeiçoar o atendimento às pessoas com deficiência, oferecendo-lhes acompanhamento durante seu trajeto no local. O Tergip conta também com quatro elevadores em funcionamento.
Novos elevadores: licitação homologada
A Codemge está providenciando também a execução de obras no Tergip, incluindo a instalação de dois novos elevadores na área de desembarque, a substituição de um elevador antigo por outro novo, a adequação de espaço existente para acomodar a administração e a reforma dos pisos das escadas internas. A licitação foi realizada em dezembro passado e homologada este mês, no dia 8/1. A vencedora do certame foi a empresa Fahel Construção Civil Ltda. O investimento da Codemge na iniciativa é da ordem de R$ 1,5 milhão. O prazo de execução é de nove meses.
A contratação das obras, com a instalação de novos elevadores, beneficia as condições de acessibilidade do Tergip, em conformidade com a Norma NBR 9050/04 da ABNT. A implantação da nova administração propiciará um ambiente de trabalho moderno e mais adequado para o desempenho dos funcionários do Terminal, além de instalações sanitárias nos parâmetros da referida norma. A iniciativa integra um pacote de melhorias que vêm tornando o ambiente cada vez mais confortável, seguro, eficiente e acolhedor.
Mais segurança, mobilidade e bem-estar
Desde que assumiu a gestão do Terminal Rodoviário, em 2016, a Codemge tem promovido diversas ações em benefício do local e dos usuários, a fim de oferecer cada vez mais segurança, conforto, mobilidade e bem-estar às pessoas que utilizam a Rodoviária de Belo Horizonte. Com investimentos que somam mais de R$ 6 milhões, diversas melhorias já foram implementadas no Tergip pela Companhia, como: revitalização de pisos; aquisição e instalação de longarinas (cadeiras) mais modernas e confortáveis, semelhantes às usadas em aeroportos, totalizando cerca de 700 novos assentos; reforma das esteiras rolantes, que voltaram a funcionar após mais de 40 anos inativas; reforma completa e modernização dos banheiros; reforma do telhado; investimentos no sistema de segurança e monitoramento eletrônico, com instalação de mais de 200 novas câmeras; pintura das áreas internas e externas; substituição de bebedouros danificados; construção do auditório; conserto e manutenção permanente de quatro elevadores; substituição dos vidros das janelas; organização de serviços oferecidos, incluindo novas lojas, novos relógios, nova sinalização e melhorias nos estacionamentos.
Inaugurado em 1971 como o maior e mais moderno terminal de passageiros da América Latina, o Tergip é responsável pelo transporte de aproximadamente 10 milhões de passageiros por ano. Além de sua atividade principal, o embarque e desembarque de passageiros, o Terminal também oferece diversos serviços à população, como os serviços de alimentação, bancários, correios e lotéricas. A estrutura, de mais de 45 mil m², movimenta, diariamente, média de 40 mil pessoas e possui 230 linhas em funcionamento. Outras informações estão disponíveis no site www.codemge.com.br/atuacao/terminal-rodoviario/.
Por medidas de segurança, a administração do Parque das Águas de Caxambu interditou temporariamente, desde 26/7/18, a área do gêiser para que seja realizada intervenção emergencial, em alinhamento com órgãos competentes.
Parte do piso no entorno do gêiser cedeu. A causa identificada desse afundamento envolve erosão por infiltração. O solo na região em que fica localizado o gêiser é formado por material de baixa resistência.
No intuito de verificar, reparar e evitar o agravamento desse dano, além de garantir a segurança dos usuários, o local está interditado para que sejam tomadas todas as medidas corretivas de forma imediata. Tendo em vista a natureza da situação, mesmo com a perícia judicial em curso, a administração está providenciando para que a questão seja resolvida o mais brevemente possível.
Nesse sentido, a Companhia contratou a Bem Engenharia, empresa credenciada por meio do Edital de Credenciamento 02/17, que realizou visita técnica ao Parque das Águas de Caxambu, em 26/7/18, e que em 8/8/18 começou a mobilização no local para as obras, iniciadas em 13/8/18. A estimativa é de que a intervenção para recomposição do piso seja concluída em até 60 dias, levando em conta a necessidade de procedimento manual e criterioso de escavação e garantindo, assim, a preservação da captação do gêiser.
Registro fotográfico 13/8/18 – Início das obras de recomposição do piso
Gêiser – Nova Interdição
4/10/18 – Durante a obra de recomposição do piso do entorno do Gêiser, foram identificados pontos de vazamento e trincas no invólucro do poço (cogumelo). Além disso, a instalação da estrutura ocorreu entre 2000/2001 e, segundo o fabricante, a vida útil média da fibra de vidro, material do qual o cogumelo é feito, é de 15 anos. Em virtude dessa situação, a atração permanecerá isolada pelos próximos 90 dias, para que as medidas necessárias sejam tomadas, quais sejam, de substituição da peça e de recuperação das conexões.
Acompanhamento – Os serviços de instalação do tapume e retirada do “chapéu” do gêiser localizado no Parque das Águas de Caxambu foram realizados no dia 6/10/18 (sábado). A equipe técnica segue verificando aspectos como tubulação, poço, piso e solo. O local permanece isolado, para que as devidas medidas de reparo sejam providenciadas.
Obras – A interdição na área do gêiser Floriano de Lemos foi iniciada em 26/7/18. A obra de recuperação do gêiser teve início em 13/8/18, com término em 28/9/2018. Os gastos totais foram de R$99.145,65. Durante a intervenção, a Codemge realizou também uma perfilagem ótica no local. Essa técnica consiste na descida de uma microcâmera até o fundo da cavidade, com o objetivo de captar informações sobre os aspectos construtivos e das condições do poço.
Interdição estendida – Em dezembro de 2018, foi concluído o trabalho de pesquisa da Fundep denominado “SIGA Circuito das Águas”, no qual foram executados ensaios geofísicos na área do gêiser, ampliando e aprofundando o conhecimento desse sistema. Constatou-se, então, a necessidade de realizar um estudo detalhado utilizando novos métodos indiretos no local. Por cautela, a atração permanecerá interditada por 180 dias adicionais.
Instalado no histórico Cassino de Lambari, no Sul de Minas, o equipamento destaca a importância das águas para a vida no planeta
O Governo de Minas Gerais e a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) inauguram, no próximo dia 21/12 (sexta-feira), o Museu das Águas, em Lambari, no sul do estado. A cidade é uma estância hidromineral e faz parte do Circuito das Águas, região que inclui outros 13 municípios que contam com fontes de águas termais e/ou minerais. O Museu das Águas será implantado no antigo Cassino de Lambari. Por meio de espaços audiovisuais imersivos concebidos especialmente para o projeto, o novo equipamento cultural vai contar a história da água e sua importância para a região e para a vida de todo o planeta.
Serão quatro módulos: o primeiro, sobre as águas de Minas Gerais, irá situar o visitante no espaço e apresentar as outras cidades do Circuito das Águas. O segundo módulo focaliza os rios, lagos e oceanos e a conexão destes sistemas com o tecido da vida, além das propriedades físicas, químicas e biológicas da água.
Na sequência, a água é abordada nas suas relações com a sociedade e a economia: na geração de energia, na agricultura e no abastecimento de cidades, bem como sua relevância para o meio ambiente. A última parte da exposição apresenta o aspecto cerimonial da água, focando na sua presença nos rituais cristãos e nos cultos de matriz afro-brasileira, e também seu valor medicinal e curativo, incluindo as propriedades benéficas das águas minerais e dos tratamentos hidroterápicos e a história das termas em Minas Gerais.
O vídeo-artista Eder Santos, um dos pioneiros da arte multimídia no Brasil, foi o responsável pela criação das instalações audiovisuais. Reconhecido mundialmente por desenvolver projetos híbridos que mesclam artes visuais, cinema, vídeo e novas mídias, Eder possui obras nos acervos permanentes do Museu de Arte Moderna de Nova York, o MoMA, e do Centre Georges Pompidou, em Paris. Paulo Santos, do renomado grupo Uakti, assina as trilhas sonoras.
Espaços de convivência, como uma loja e um café, também farão parte do novo museu. As visitas serão realizadas em grupos, e devem ser agendadas pelo e-mail museudasaguas@codemge.com.br.
Cultura e preservação histórica
O novo museu promove a recuperação e dá novo uso a um importante edifício histórico. Representa, ainda, a entrega de mais um espaço cultural para Minas Gerais, aumentando a oferta de atrações para os turistas e moradores de toda região.
Atualmente tombado nas esferas municipal e estadual, o antigo Cassino de Lambari foi inaugurado em 1911. Inspirado em estâncias minerais francesas e construído em estilo eclético, o prédio não chegou a funcionar como cassino, tendo sido usado para a realização de bailes, convenções e outros eventos. Em preparação para a implantação do museu, a então Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) reformou inteiramente o espaço.
As águas termais são um importante recurso para Lambari e os demais municípios do Circuito das Águas, cuja história é estreitamente ligada à descoberta e à exploração das fontes de águas minerais. A infraestrutura que surgiu em torno do universo das águas teve papel fundamental na ocupação e desenvolvimento da área. Dessa maneira, o Museu das Águas contribui de maneira significativa para o desenvolvimento turístico e preserva de maneira integrada o patrimônio material e imaterial da região.
Águas Minerais e Codemge
Minas Gerais é um dos estados brasileiros de maior tradição em águas minerais. Na história do Estado, principalmente na região sul do território, pode-se destacar a importância das suas estâncias hidrominerais, com propriedades medicinais e terapêuticas. Empresa indutora do desenvolvimento mineiro, a Codemge reconhece e valoriza as águas de Minas Gerais como importante patrimônio do nosso Estado.
Além das concessões das fontes de águas minerais de marcas como Cambuquira e Caxambu, a Empresa também zela, em conjunto com parceiros, por empreendimentos de turismo e hotelaria em diversos municípios, como Cambuquira, Caxambu e Lambari, no Circuito das Águas, além de Araxá, Caldas, Poços de Caldas e Tiradentes. O clima ameno, as belas paisagens, as várias opções de passeios, a famosa culinária e a tradicional hospitalidade do povo mineiro compõem um conjunto de atrativos que fazem dessas cidades destinos inesquecíveis.
O turismo relacionado às águas proporciona a Minas Gerais desenvolvimento econômico e social, geração de empregos e de renda. Para o visitante, são oportunidades prazerosas de lazer, descanso e saúde; para as gerações futuras, a preservação de nossa história, tradições e recursos naturais.
Estudo encomendado pela Codemge aprofunda conhecimentos técnico-científicos, rompe paradigmas e traz descobertas importantes sobre o Circuito das Águas
O Governo de Minas Gerais, por meio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), investiu na realização do Projeto Circuito das Águas, na Território Sul do estado. Os estudos, que duraram 11 meses e foram apresentados à Codemge neste mês de dezembro, permitiram atualizar e aprofundar os conhecimentos técnico-científicos sobre áreas de fontes hidrominerais na Bacia do Rio Verde, abrangendo as estâncias de Caxambu, Cambuquira, Marimbeiro, Conceição do Rio Verde e Lambari. Viabilizada mediante contrato com a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), a ação recebeu investimento em torno de R$ 2 milhões. Os resultados trazem uma nova compreensão da origem e dos fatores influenciadores das águas minerais na região. O projeto será apresentado em evento no dia 19 de dezembro, entre 15h e 17h, no Auditório da Codemge (Rua Manaus, 467, Santa Efigênia, Belo Horizonte).
“Foi, na verdade, uma verdadeira revolução no entendimento da origem e da circulação das águas minerais do Circuito das Águas”, salienta o coordenador geral da pesquisa, Antônio Carlos Pedrosa Soares, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ele também destaca o caráter inovador do estudo: “Trata-se de um projeto que estuda as águas minerais dessa região com métodos robustos e detalhamento de campo. Ou seja, uma verdadeira quebra de paradigma, no entendimento da Codemge, pois, com os resultados e conclusões do projeto, a Empresa agora pode colocar a público um grande acervo de informações transformadoras do modelo hidrogeológico que vinha sendo adotado para a região.”
Além de aprofundar o conhecimento sobre o funcionamento hídrico dessas áreas hidrominerais de interesse público, a iniciativa vem subsidiar o ordenamento técnico-normativo de sua gestão e conservação hidroambiental, em curto, médio e longo prazos, diante da atual ocupação urbana e fatores potenciais de contaminação das águas minerais (fontes, poços), entre outros aspectos com potencial influência para sua caracterização como recurso natural e bem socioeconômico. A pesquisa realizada traz enorme avanço qualitativo e quantitativo do conhecimento sobre as águas minerais, parques e sub-bacias.
O desenvolvimento do Projeto Circuito das Águas se deu mediante a condução sistemática de investigações geológicas, geofísicas, hidrogeológicas, hidroquímicas e isotópicas, especificamente focadas nas águas minerais e seus gases, associadas aos estudos ambientais, socioeconômicos, e do uso e ocupação da terra, dentre outros. O contrato para a realização do estudo foi assinado em dezembro de 2017, com vigência de 15 meses, até março de 2019. Iniciado em janeiro de 2018, o projeto realizou diversas etapas de coleta de dados em campo, sem quaisquer danos ou prejuízos às propriedades e a seus ocupantes, e foi recentemente concluído com êxito.
A equipe técnico-científica principal do projeto foi constituída por 35 integrantes, entre pesquisadores e técnicos, vinculados à UFMG, à Fundep e a outras instituições, como a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista (Unesp) e Observatório Nacional do Rio de Janeiro (ON). Trata-se de uma equipe multidisciplinar altamente qualificada, numerosa, multi-institucional e que inclui especialistas renomados nacional e internacionalmente. As análises de águas, gases e rochas, que sustentam as descobertas do projeto, bem como o processo de amostragem em campo e outros procedimentos especializados, foram realizados pelos laboratórios do Centro de Pesquisa de Águas Subterrâneas – USP, Centro de Pesquisas Geocronológicas – USP, Laboratório de Geocronologia da UnB, Centro de Energia Nuclear na Agricultura – USP, SGS-Geosol, Isodetect (Leipzig, Alemanha) e Beta Analytic (Miami, EUA), segundo termos de referência e procedimentos internacionalmente certificados.
O trabalho culminou na entrega do Sistema de Informações Geoambientais do Circuito das Águas (SIGA), contendo o relatório final em forma de livro (SIGA – Circuito das Águas) com cerca de 480 páginas de texto e ilustrações, além de mais de 500 páginas de anexos, incluindo mapas, tabelas e laudos laboratoriais.
Descobertas, conclusões e quebra de paradigma
A pesquisa traz importantes descobertas e conclusões sobre as águas minerais. Antes, havia a ideia de que se trataria de águas novas ligadas a processos intrabacinais, restritos às sub-bacias dos cursos d’água que contêm os parques. Agora, porém, a pesquisa demonstra que as águas minerais da região são águas de chuvas antigas (conforme normatização da Agência Internacional de Energia Atômica – IAEA, Viena, que define como antigas as águas com idade maior que 1.000 anos). Elas representam águas meteóricas (águas de chuvas) pretéritas que se infiltraram profundamente no subsolo, pelas zonas permeáveis do substrato rochoso da região, segundo fluxos de circulação com até mais de 5 mil metros de profundidade.
Além disso, os gases extraídos dessas águas minerais são tão antigos quanto as próprias águas que os contêm, chegando a idades superiores a 30 mil anos. As áreas de captação das águas minerais do Circuito ultrapassam os limites das sub-bacias que contêm os parques hidrominerais e podem ir além dos limites da Bacia do Rio Verde.
Em condições naturais normais e sem interferências humanas, as águas minerais tendem a permanecer livres de misturas com águas rasas e superficiais, ou seja, mantêm suas características preservadas e sem contaminação. Uma interpretação decorrente dos dados sugere que as águas minerais do Circuito tiveram origem bem longe de lá, provavelmente na Serra da Mantiqueira. Comparativamente, pode-se dizer que elas são mais antigas que Luzia, a mulher paleolítica que viveu em Minas Gerais em torno de 11 mil anos atrás.
No caso de Caxambu, observou-se que as águas do Parque têm assinatura das rochas alcalinas, destacando-se o Morro do Caxambu, sendo mais salinizadas, padronizadas e diferenciadas. Essa é uma assinatura particular, em relação às demais áreas pesquisadas, porque, próximo ao fim de seu longo trânsito subterrâneo, essas águas circulam na parte profunda de um edifício vulcânico alcalino, do qual herdam características químicas. Esse edifício vulcânico está hoje parcialmente exposto no Morro do Caxambu. Nos demais parques, as águas têm assinaturas das rochas regionais e, mesmo sendo diversificadas, são geralmente menos salinizadas.
Estas conclusões representam uma quebra de paradigma e ampliam a perspectiva, já que os dados indicam que as águas minerais são originadas além das sub-bacias dos parques, e seus gases nada têm a ver com as turfeiras (tipo de depósito raso feito de turfa, material com elevada acumulação de matéria orgânica resultante da deposição de restos vegetais) ali presentes.
Responsabilidade ambiental
A origem distante das águas minerais reforça ainda mais as responsabilidades ambientais da população local. Embora a comunidade não tenha controle direto sobre a origem das águas minerais encontradas no Circuito, tem papel fundamental na efetividade da educação ambiental para preservação desse bem natural e dos locais de captação das fontes, bem como das áreas dos parques e de seus entornos. Cabe a todos os cidadãos zelar pela qualidade da água que sai das fontes e pelo meio ambiente, evitando contaminação, combatendo a poluição e o uso inadequado das águas, dentre outros cuidados.
Atualização e aprofundamento
O projeto foi executado em consonância com estudo anterior, publicado em 1999, denominado Projeto Circuito das Águas do Estado de Minas Gerais, disponível no site da Companhia. A pesquisa de quase duas décadas atrás foi elaborada com base em convênio entre o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e a Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig), atual Codemge. Desde então, foi marcante o avanço do conhecimento geológico sobre a região, que, atualmente, se encontra completamente coberta com mapeamento geológico e levantamentos aerogeofísicos realizados sob as bases do conhecimento técnico-científico dos anos 2000. Contudo, o projeto avançou ainda mais nesse conhecimento, pois realizou, com base em grande número de informações coletadas em campo, os mapeamentos geológico e hidrogeológico das áreas que contêm os parques hidrominerais e suas sub-bacias. Além disso, apresenta os primeiros levantamentos de geofísica terrestre que permitem identificar as zonas profundas e rasas de circulação de águas subterrâneas.
Por isso, com o novo projeto de 2018, as informações foram atualizadas e expandidas, considerando o avanço dos métodos analíticos capazes de gerar dados de grande precisão e alto poder interpretativo, em particular nas áreas da hidroquímica e dos estudos isotópicos de águas e gases. Este grande acervo de dados robustos é, agora, definitivamente incorporado ao conhecimento sobre as águas minerais do Circuito. Além disso, os estudos geoambientais observaram a legislação ambiental vigente e as demandas contidas no Plano Diretor da Bacia do Rio Verde.
Além de aprofundar o conhecimento sobre áreas hidrominerais de interesse público, a iniciativa vem subsidiar o ordenamento técnico-normativo de sua gestão e conservação hidroambiental, em curto, médio e longo prazos, diante da atual ocupação urbana e fatores potenciais de contaminação das águas subterrâneas captadas em fontes e poços, entre outros aspectos que influem na sua caracterização como recurso natural e bem socioeconômico.
A Fundep
O Projeto Circuito das Águas é administrado pela Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep) e realizado por pesquisadores vinculados à UFMG, à UFOP, à UERJ, à USP, à Unesp e ao Observatório Nacional do Rio de Janeiro. A Fundep é uma pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, com autonomia administrativa e financeira. Sua atuação abarca atividades de execução e gerenciamento de projetos de pesquisa em parceria e cooperação com organismos públicos e privados, visando à produção, promoção e divulgação do conhecimento técnico-científico. Para tanto, congrega equipes especializadas em áreas diversas do conhecimento, incluindo geologia e recursos naturais do território, além de seus desdobramentos socioeconômicos. A entidade já desenvolveu mais de 20 mil projetos e atividades. É um órgão de apoio a pesquisas realizadas pela UFMG e outras instituições parceiras.
A Fundep tem sido parceira do Estado de Minas Gerais na execução do mapeamento geológico e levantamento de recursos minerais do território estadual. Junto com a Equipe de Geologia e Recursos Naturais da UFMG, participou da execução dos projetos Espinhaço, Sul de Minas, Alto Paranaíba, Norte de Minas, Fronteiras de Minas Gerais e Triângulo Mineiro, os quais produziram a cobertura cartográfica na escala 1:100.000 de 350.000 km² ou 60% do território mineiro, acompanhados de documentos explicativos com informações e bancos de dados em plataforma SIG, disponíveis no Portal da Geologia da Codemge. Também realizou o projeto Recursos Minerais de Minas Gerais On Line, contratado pela Codemge para promover a ampla divulgação do conhecimento sobre esses bens, incluindo as águas minerais do Estado.
A Codemge
Oriunda da Codemig, a Codemge é uma empresa pública que atua em consonância com as diretrizes do Governo estadual a pauta suas ações, de forma arrojada e moderna, em três grandes eixos estratégicos: Mineração, Energia e Infraestrutura; Indústria Criativa; e Indústria de Alta Tecnologia. A Empresa investe em vários segmentos, como levantamento geológico e geofísico, águas minerais, materiais estratégicos e energia, aeroespacial e defesa, biotecnologia, Internet das Coisas, telecomunicações, distritos industriais, turismo de lazer e negócios, moda, gastronomia, audiovisual, música e artes. Sua múltipla atuação está cada vez mais voltada para que riquezas e potencialidades gerem novas oportunidades de investimentos, aumentem a competitividade e propiciem bons negócios para o setor produtivo, beneficiando o estado e os mineiros.
Nova plataforma reúne livro eletrônico, mapas e numerosos dados,
compondo robusta fonte de conhecimento sobre o tema
O Governo do Estado de Minas Gerais, por meio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), lança o portal Recursos Minerais de Minas Gerais. A plataforma reúne livro eletrônico, mapas e numerosos dados sobre mineração, compondo uma robusta fonte de informação e conhecimento para estudantes, professores, cientistas, profissionais, agentes e gestores públicos, empresários, empreendedores, turistas e a todos os demais cidadãos interessados no tema. O evento que marca o lançamento do projeto ocorre no dia 19 de dezembro, no Auditório da Codemge (Rua Manaus, 467, Santa Efigênia, Belo Horizonte), junto a pesquisadores e profissionais da área de mineração.
O novo portal online inclui seções com informação atualizada (História Geológica de Minas Gerais; Meio Ambiente e Mineração; Recursos Minerais no Cenário Geológico de Minas Gerais), além de itens de visualização da distribuição territorial dos recursos minerais (Principais Substâncias Minerais por Município; Distribuição de Jazidas e Minas). Também contém arquivos de suporte (Glossário; Referências Bibliográficas) e capítulos referentes às substâncias que compõem o variado quadro de recursos minerais, como: Águas Minerais; Alumínio; Argilas e Minerais Refratários; Diamante; Estanho; Ferro; Fertilizantes; Gás Natural; Grafita; Gemas e Minerais de Coleção; Lítio; Manganês; Nióbio; Rochas Carbonáticas; Rochas Industriais; Rochas Ornamentais; Recursos Minerais para Construção Civil; Recursos Minerais para a Indústria Cerâmica e Vidreira; Ouro; Terras Raras; Titânio; Zinco e Chumbo, entre outros.
O usuário tem acesso ainda a mapas que permitem observar, por exemplo, a localização das jazidas e minas, recursos minerais, rede viária, hidrografia e estruturas geológicas. O sistema foi elaborado, por meio de técnicas e recursos digitais, na forma de homepage, permitindo a visualização do conteúdo de modo fácil, ágil e dinâmico, mediante acesso à internet. O portal é acessível em dispositivos diversos, como computadores (desktops, notebooks), celulares (smartphones), tablets e leitores de livros digitais. Outra comodidade é a disponibilização de conteúdos dos capítulos para impressão em arquivos no formato pdf.
Fonte de conhecimento
O conjunto de produtos que constituem o portal foi produzido no Laboratório de Mapeamento Geológico, Geotectônica e Geodiversidade (MGD) do Centro de Pesquisa Professor Manoel Teixeira da Costa (CPMTC) do Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “Ciente da missão cumprida, a equipe do projeto oferece o portal Recursos Minerais de Minas Gerais à apreciação do público e espera que esta fonte de conhecimento seja útil”, salienta o coordenador-geral do projeto, professor Antônio Carlos Pedrosa Soares (UFMG).
“Expressamos nossa gratidão à equipe da Gerência de Mineração da Codemge e a todas as pessoas que, de alguma forma, ajudaram a viabilizar nosso trabalho, cujo objetivo é divulgar o conhecimento sobre um bem maior de Minas Gerais: seus recursos minerais”, acrescenta.
O projeto nasce 35 anos após a publicação pela antiga Metais de Minas Gerais S/A (Metamig), em 1982, do livro “Recursos Minerais do Estado de Minas Gerais”. Em junho de 2017, foi firmado contrato de prestação de serviço técnico-científico especializado entre a Companhia e a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep) para a realização do projeto de criação, produção e disponibilização do sistema digital “Recursos Minerais de Minas Gerais On Line”.
Minas Gerais e a mineração
A história e as tradições de Minas Gerais estão fortemente ligadas à atividade mineradora e às suas enormes reservas minerais. Afinal, o Estado extrai mais de 380 milhões de toneladas de minério de ferro por ano e responde por, aproximadamente, 50% da produção dos principais minerais metálicos e por cerca de 35% de todo o ouro produzido no Brasil.
Única fonte nacional de produção de zinco, Minas Gerais também é o maior produtor de minério de ferro, minério de grafita e de lítio do Brasil, além de ser líder mundial em extração e beneficiamento de minério de nióbio e na comercialização de seus produtos. O Estado também tem riquezas em termos de biodiversidade, destacando-se por apresentar características físicas relevantes, com alto potencial hídrico, e importantes atributos socioeconômicos.